terça-feira, 2 de novembro de 2010

"Eu poeta"

Vou cuspir o mal que há dentro de mim.
Vou lavar minha triste alma
Mergulhando num lago de merda.
Vou comer tripas cruas e banharme de lixo.

Quero sentir o mundo podre em que estamos.
Encontrar com o odor deste planeta.
Saber como uma bactéria se sente.
Defecar encima da bandeira dos EUA.

Sabia que a tua mente fede?
Sabia que o teu pénis não existe?
Sabia que tua vagina é um brinquedo?
Sabia que você está só?

Encontrar o fundo do poço
É tão fácil como mijar.
Descobrir que não existe santo
É tão simples como morrer.

Eu odeio o falso bem.
E mais ainda o falso mal.
Eu odeio a globo.
E mais ainda o Tasso.

A mente do novo milênio
Foi cagada num pinico.
Um monte de côco eles nos fazem ouvir todos os dias.
Somos pobres ricos criados pela ganância.

Insandecidos educadores das trevas.
Demônios carnais que destroem a vida.
Cabidéla de sangue humano,
Misturado com o ridículo sorriso da Xuxa.

Enterrem a mim quando ainda estiver vivo.
Quero poder cuspir no meu caixão.
Quero poder dar um cotoco pro padre
Antes que ele dê benção final.

Vou cantar ave Maria no meu próprio velório.
Desejar a minha família pessames verdadeiros,
Pois até na morte não há verdade entre os homens.
Tudo é uma mentira.

E ai vou jogar terra encima de mim.
E dizer adeus, chorando rios de lágrimas.
Vou pegar uma rosa e jogar no caixão.
Ali estará enterrado um louco.

Apartir deste momento
Este corpo não será mais meu.
Serei uma luz apenas.
E nenhum mal me encontrará.

Estará a sete palmos o meu eu.
Aqui no mundo carnal, um novo ser nascerá,
Cheio de Raiva do mundo.
Aí o mundo terá um assassino do mal,

Um Poeta.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O coração de um negado

Negue-me o seu amor.
Negue-me seus braços.
Diga-me que não lembra.
Deixe-me morrer só.

Leva o teu perfume doce.
Não ouvirei nossas músicas.
Lembrarei de tudo que foi ruim.
Esquecerei que já amei.

Foi numa festa com cachaça e vinho que ti conheci.
Tente lembrar daquela noite.
Ela foi triste, enfim.
Lembrarei de você e dele.

Sei que no fundo ainda existe um "eu".
Talvez isso também seja sua mentira.
Mas o que importa.
Nunca ti tive, nem nunca terei.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Perdão mundo, pois pequei...

Perdão mundo, pois pequei.
Devorei todo o teu destino
E sem piedade, destruí o futuro que a ti pertencia.

Perdão mundo, pois pequei.
Derramei toda a tua água pelo vaso sanitário
E ainda, com ganância, derrubei todas as árvores do planeta.

Não renego o fato de ter sentido absoluto prazer ao fazer isso.
E não minto ao dizer que agora me arrendo,
Mas como vê, não há mais volta.

Foi gostoso demais poder despejar nas tuas veias de água
Todo o esperma e toda a sujeira que consegui jogar.
Foi empolgante poder queimar-te por completo,
Arrancando do fundo da terra tudo que era possível arrancar.

Mas meu maior orgulho foi poder fazer com que tu sumisse.
Consegui através de toda a minha prepotência, te esgotar
E sem saber o quão ruim seria, te secar até a última gota d`água.

Estou agora, num lugar sem sentido.
Pois sou um nada sem ti, e desse "nada", nada resta.
Aqui sou o presente sem tempo, sem luz, sem vento, sem amor.
Tudo se foi, e nada voltará.

Resolvi então pedir perdão e tentar conseguir voltar atrás.
Talvez não dê, mas se desse, iria fazer tudo diferente.

Em vês de construir prédios, plantaria árvores.
Ao invés de queimar uma mata, queimaria minha ganância.
No lugar de derramar um copo d'água, aguaria uma planta.

Talvez assim fosse. Ou talvez não.
Nunca sei quem sou, nem porque sou assim.
E na realidade, acredito que só peço ajuda no desespero.
E quando tudo estivesse bem, talvez eu até esquecesse disso tudo
E todo o mal eu voltaria a fazer...

Porém, mesmo já sendo tarde,
Peço perdão mundo, pois pequei...

Diêgo de Oliveira

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A morte do medo

Foi uma gota de sangue em forma verbal
Que sai da língua e entra na alma,
Desliza sobre o ar úmido do rancor
E deixa um leve cheiro de ferro velho
Que embriaga o mais feroz ébrio.

Foi uma gota de saliva em forma carnal
Que saiu da suja boca do teu texto.
Cuspido nas entrelinhas da página,
Molhando toda a pauta espiritual
E borrando as letras já esquecidas, o medo.

Teu medo ensangüentado e poetizado fugiu.
Cortado por foice cega e mal amada.
Lá no fim parou e morreu.
Não respira mais. Não existe mais.
O teu medo foi assassinado pelo momento.

E ai quando você conseguiu abrir os olhos,
Notou que o tempo havia te roubado.
Tão esperto e hábil, que nem notaste quando ele passou
E levou embora tudo que você tinha.
Sem haver escolhas, você apenas aceitou.

Agora sem o medo, perdeu-se e entregou-se.
Tava ai o carma da tua vida.
A sina do teu fim, do teu nada.
Encontrou o que não procurou.
Surgiu assim a tua guia, a coragem.

Nela você teve de prender-se,
Deleitar-se e descobrir que lá existe um amor.
E ai quando notou, ele tornou-se eterno.
Sacia-te com isso, e vive este prazer.
Descobre que tua vida é a coragem e não o medo...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Deletáveis

É só este que ai está.
É somente aquele que está aculá.
É tudo isso que você perdeu.
No seu trabalho quem manda em você sou eu.

Preciso de papel higiênico
Para higienizar minha cabeça suja.
Preciso de carbono ativado
Pra filtrar minha alma impura.

Onde estão os documentos de poder?
Quem feriu com uma faca sega a alma sem poder?
Cadê o resultado de toda a revolução Cubana?
Sumiu o pensamento do Bob "fumado" na cabana?

Somos o fim do mundo carnal.
Somos a plantação em colheita, de todo o mal.
Já fomos por força do nada, Programados.
Agora, estes arquivos falhos serão Deletados.

Denovo, tentamos o novo sem inovar.
Novamente, repetimos o erro sem errar.
Pensamos no "todo" como o "nada"
Adentramos no "Tudo" como se fosse uma mata fechada.

São quatro compassos a esmo
Em banal harmonia em dó maior, sem couchete.
São 3 oitavas acima do normal,
Que nem o agudo da vida alcança com falsete.

E acreditamos que Deus virá
Lá de cima pra nos salvar.
Esperemos então sentados irmãos.
Porque o tempo ruge, a fome mata
E o Lula só tem 9 dedos nas mãos...

Diêgo de Oliveira

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A tristeza de um amor.

Hoje não há "Blues" que me aguente,
Não haverá bar sem Brega com aguardente.
Quero poder afogar-me no leito triste de um chão
Quero poder disolver o fio triste e branco em um grão.

Foi a música que me transpassou,
Foi a letra que me iludio.
Foi o mar de sonhos que me afogou.
Foi tudo isso ao som da vóz do Dio.

Vou a algum lugar escuro e húmido pra chorar!
Vou até a ponte a pé, para jogar minhas lágrimas no mar.
Fugir talvez, porque agora não há nem um banco sujo para eu sentar.
Será que se eu morrer agora alguém irá me achar?

Ái, triste tristeza que me entristesse...
Quanto tempo eu pensei em me livrar de ti.
Quando penso que lembrei deixarte só, e sem ti, partir.
Levou minutos até conseguir enxergar que ainda não ti perdi.

Vou-me então, querer saber onde errei.
Irei assim, saber o quão tolo fui quando tentei.
Sofrer mais e mais, sem fim. O nada é o que terei...
E no fim, saber que ainda não foi suficiente o quanto chorei.

Diêgo de Oliveira

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Aquele que não sabe o que fala

Sem saber se somos, se fomos
Sem sentir que temos, ou não...
Pensamos no antes como o agora,
Tentamos o depois no depois do amanhã.

Perdendo o tempo morno eu vivo.
Subindo de degrau a degrau eu caminho.
As vezes posso até pular um,
Mas meu destino é o céu.

Levanto todos os dias e repito
Que sinto-me mal.
Sei que não tenho mais forças,
Mas insisto em morrer.

Como posso sentir meu corpo
Se não tenho carne?
Como posso sentir a alma
Se não tenho amor?

E quando você vier me perguntar onde andei
Ti direi que estava aqui nesse chão.
Te direi que estava ai no teu chão.
Te direi que estava lá, em outro chão.

Te direi que estava em todos os chão.
Em todos os chãos...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cumpadi Jacú

Num careço do teu SIM nem do NÂO.
E tão pouco do teu falso perdão.
Sou escroto, danado e arrochado.
Parente de Seu Lunga. Sou caboco, bixo do mato.

Se mexer comigo, ai num tem cão que agüente.
Sou Preá com fome, sou Cassaco sem dente.
Sento meu facão nos cós e pego minha baladeira.
Sai vuado diabo do meu nojo, mete logo o teu pé na carreira.

Ah... Fi duma’egua de pai e mãe!
Quero que tu vá pro quinto dos inferno, e cheio de langanhe.
Tu pode ser falador, proseador ou até pensador,
Quero mais é que tu vá se lascar, bixo invejador.

Num vem falar bunito pra mim nunca mais,
Se tu num quiser que eu arranque teu zovo por trás.
Mexer comigo eu ainda agüento calado.
Mas falar de mim pro meu cumpadi, é mermo que bulir com uma faca no meus calo.

E só pra ti deixar de aviso, meu cumpadi Jacú.
Te prepara pro prato que se come crú.
Num sou eu nem ninguém que vai te lembrar desse tão triste momento.
Vai ser outro cumpadi nosso. Macho que só a peste,
Forte que nem coice de Jumento

O homi tem um bucado de nome.
Todo mundo conhece o lamento.
Pode ser, hora, época ou até momento.
Minuto, segundo, anos de vento

Mas é mais conhecido por ai,
Pelo povo que sabe das coisa,
Como um tal cumpadi de nome marrento.
Chamado pelo povo do mundo de nosso senhor “TEMPO...”

Por Diêgo de Oliveira

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Nós

São todas as crianças,
Discursivas e amargas.
Que triste e pobre féu.
Cidade, marcas rasgadas.

O meu corpo é
O terror sem fé.
Levar pra casa o ódio
Perguntar se a fome o quer.

Luxando e trânsitando
O frio do olhar quente.
Que mal você faz quando
Vai pensar no diferente?

Será presente
A piedade do bom homem?
Será que sente
Os que não bebem e nem comem?

Levanta-te e caminha
Nesse ão de são
Nesse chão de grão

Na linha do tudo
Que o lar desatina.
Reflete então a pátria latina.

"Do caos a lama"
Que o tempo te chama.
"Porque até no lixão nasce flor."
Pega e receba a vida e sinta o amor.

Por Diêgo de Oliveira

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Meio...

Ser assim... Meio louco, inconsequente, eloquente e tímido. Ser até emburrado.
Ser deprimente. Triste, as vezes. Pobre e rico ao mesmo tempo. Bonito e feio sem intervalo pra pensar. Tachado como louco. Sou um irresponsável responsável. Ridículo aos olhos alheios. Sou assim, um tanto dos tantos tantos de formas cantandas e cansadas.
Sou um quase poético e crítico. Sou um pouco nervoso e calmo. Sou cheio de amor e lotado de medo. Crente em Deus e duvidoso da fé...
MEIO. Sou meio de tudo. Meio amigo e meio inimigo. Meio criativo e meio débil.
CANSEI DE SER MEIO...
APARTIR DE HOJE SEREI INTEIRO...
Vou fazer, porque serei, concluirei, estarei e porque quero.
Nada pode ser mais forte do que a vontade de mudar...
Mudar... A palavra sem sentido. Ou se houver que seja no sentido de muda vegetal. Que brota no outono e desabrocha na primavera. Que inrrigesse no inverso e seca no verão, deixando calmamente suas folhas secas cairem, abrindo espaço para novos ramos, novas oportunidades...

Diêgo de Oliveira

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Salve a Pátria de 19/05/2010

Vi em muitos locais que pisei mundo afora, palavras como cidadania, social, assistência, auxílio, e muitas outras. Deparei-me com situações que necessitei de todas estas definições de irmandade. Instantes em que tive de dormi na rua. Até em alguns momentos a fome bateu, mas não foi nada demais, pois, sempre surgia um ser de luz para servir de coração. Aprendi na rua algo que jamais poderia ter aprendido no conforto de meu lar. Soube que a fome, o frio e o medo, são fatos alucinantemente terríveis, e que a única forma de conhece-los é passando por eles. O único meio de acaber com elas é recebendo uma mão amiga...
Outro dia, caminhava eu, pela famosa praça da Gentilândia, no bairro do Benfica em Fortaleza-Ce. Notei uma família, com duas crianças, que tentavam dormir, sem nenhum agasalho, em alguns bancos. Como se um fio de gelo penetrasse dentro de minh'alma, soube exatamente qual eram os pensamentos e dúvidas que cortavam e corrompiam aquelas crianças. Vi que o terror estava passando por suas cabeças. E o pior sentimento é o de saber que infelismente não há, entre 2.500.000 pessoas, alguém que estenda a mão e ajude...

Minhas perguntas de hoje são:

O que é auxilio, cidadania, social e assistência?
É pagar um salário pra quem não tem emprego?
É obrigação do governo?
Será que é fornecer comida pra quem não tem?
É dar água pra quem tah com sede?

Minhas respotas são:

Apenas mostrar, a quem precisa, que existe alguém por eles. A responsabilidade é sim do Governo. Mas sem cobrança não haverá conclusão...
Bolsa familia é esmola. Ninguém quer esmolas. Ninguém merece esmolas. Já que estamos em um mundo capitalista, ajudem-nos fornecendo capital. Queremos trabalho, e não esmolas...

Salve essa Pátria...

Diêgo de Oliveira

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Salve a Pátria Especial... 30/04/2010

Um enorme monumento histórico, cultural, incrível. O aquário de Fortaleza...
Incrível é a quantidade de cearense morrendo de sede. Lugares que não tem nem água pra beber. Um dos únicos lugares no mundo que nunca chove...
Precisa falar mais alguma coisa?
Ah. 1/3 dessa grana, investida nesta porcaria Burguesa, poderia matar a sede de milhões de pessoas durante uma vida toda...
É Ceará. Vamos mostrar os peixinhos nadando e matar as criancinhas de sede. Lindo não???

Por isso digo: Salve essa Pátria...


O Salve a Pátria é uma iniciativa pessoal de críticar as coisas ruins que acontecem em nosso país, estado, município, bairro ou rua. É uma visão pessoal e não técnica de fatos..
Por isso que grito:

Salve a Pátriaaaaaaaaaa

Diêgo de Oliveira

terça-feira, 27 de abril de 2010

De Daniel na cova dos leões...

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor
E insistir em usar os remos,

É o mal que a água faz quando se afoga

E o salva-vidas não está lá porque

Não vemos...

sábado, 24 de abril de 2010

Salve a Pátria Especial... 25/04/2010

Creio que o ser humano tem a memória inferior a dos peixes.
Dia 5 de Abril, começa a surgir o que viria a ser a maior tragédia já assistida no Brasil.
As chuvas fortes assolaram o estado do Rio de Janeiro.
Lamentavelmente milhares de pessoas morreram sufocadas por montes de terra. E o desastre maior não foram as mortes. As consequências do acidente são mais alarmantes do que o próprio. Pessoas sem ter o que comer, sem ter onde morar. As doenças se espalham por toda a cidade.
Dia 24 de abril. "Viradão Carioca". O nome desta falta de respeito deveria ser "Sem-Coração Carioca".
E sem falar no luto, lembro a vocês que a porcaria do dinheiro gasto, ajudaria a todos os desabrigados a ter onde morar. A ter o que comer.
Mas não. O brasileiro é egoísta e pobre de espírito por natureza. Ajudar pra que né? Nem se fala mais no Jornal Nacional em chuvas... É pela ordem e pelo progresso.
Minha indignação por este episódio ridículo da emissora Rede Globo, me faz sentir nojo do meu país. Ninguém pode abrir a boca para críticar este tipo de atitude.
Pelos próximos 10 anos o slongan da globo deveria ser:

Repugnância: Agente cria por aqui.

Por isso digo mais alto que nunca: Salve essa Pátria...


O Salve a Pátria é uma iniciativa pessoal de críticar as coisas ruins que acontecem em nosso país, estado, município, bairro ou rua. É uma visão pessoal e não técnica de fatos..
Por isso que grito:

Salve a Pátriaaaaaaaaaa

Diêgo de Oliveira

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Simbora

Essa terra de chão rachado,
O mormaço é quente.
A fome faz o chão arder.

Bem dançado seja o gingado de Maculêle.
O seu pisado forte, seu batuque, seu axé.
Porque o tempo esquece Obaluaê.

Das raízes mestre Juca aparece.

Seu balaio. Sou lacaio do seu calor.
O povo chora, reclama, nem sente.
"Simbora" negrada, "arredar" o pé do terror.

Antes que seja tarde demais.

Antes que escureça. É capaz.
Vamos "simbora" agora
Ou nunca mais.

Diêgo de Oliveira.

quarta-feira, 17 de março de 2010

No fundo do meu âmago


Brancas asas de leves plumas,
E farpas loiras em elos.
Como uma lápide preciosa.
Quem sabe seria um olhar simples e singelo.

Tessituram eles
Notas perfeitas de amor.
Como leves suspiros
Ou conjunto humano sem rancor.

Na ponta da lança,
Talvez na lâmina do punhal,
Será cravado, enterrado,
Alojado na alma até ser fatal.

São vastas lembranças.
Leite de mãe a nos unir.
É carnal e eterno.
É um mármore sem polir.

São vozes líricas
Em total afinação.
São como rosas de primavera
Em pleno verão.

É a saída de um abismo
Além do horizonte letal.
Como a vitória de uma guerra,
O retorno torna-se colossal.

São cardumes
Em balé sincronizado.
É o olhar de um casal.
Completamente apaixonado.


Diêgo de Oliveira

terça-feira, 16 de março de 2010

Fortaleza, 17 de março de 2010
Meu caro Roberto Carlos,

Se é preciso ir além do horizonte para encontrar um lugar bonito e tranquilo então estou bem próximo dele... O seio encalorado de casa me mostra a plenitude do tempo. A evolução carnal do tudo e do nada é pleno, então complexo. Que a vida brote. Que o tempo então haja. Não esperarei por perdões, nem aguarderei retornos. Sou homem e sou grande (deixando claro que não sou grande porque sou homem). Meus sonhos jorram de minha mente. Então que eu tenha pernas suficiente para seguí-los. Que eu tenha mãos suficiente para segurá-los. Que eu tenha coração imenso para amá-los.
Queria poder te dizer que tudo isso não é uma grande mentira, porém o rancor me corrói e a dúvida me distrai. Sem saber se é bom ou ruim, embebedo-me da triste realidade diária.
Que assim seja. Meu pecado está sendo cobrado. Minha mente é destruida.

um forte abraço meu impossível e irreal "amigo" "negro-gato-de-arrepiar"...