quarta-feira, 17 de março de 2010

No fundo do meu âmago


Brancas asas de leves plumas,
E farpas loiras em elos.
Como uma lápide preciosa.
Quem sabe seria um olhar simples e singelo.

Tessituram eles
Notas perfeitas de amor.
Como leves suspiros
Ou conjunto humano sem rancor.

Na ponta da lança,
Talvez na lâmina do punhal,
Será cravado, enterrado,
Alojado na alma até ser fatal.

São vastas lembranças.
Leite de mãe a nos unir.
É carnal e eterno.
É um mármore sem polir.

São vozes líricas
Em total afinação.
São como rosas de primavera
Em pleno verão.

É a saída de um abismo
Além do horizonte letal.
Como a vitória de uma guerra,
O retorno torna-se colossal.

São cardumes
Em balé sincronizado.
É o olhar de um casal.
Completamente apaixonado.


Diêgo de Oliveira

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