Perdão mundo, pois pequei.
Devorei todo o teu destino
E sem piedade, destruí o futuro que a ti pertencia.
Perdão mundo, pois pequei.
Derramei toda a tua água pelo vaso sanitário
E ainda, com ganância, derrubei todas as árvores do planeta.
Não renego o fato de ter sentido absoluto prazer ao fazer isso.
E não minto ao dizer que agora me arrendo,
Mas como vê, não há mais volta.
Foi gostoso demais poder despejar nas tuas veias de água
Todo o esperma e toda a sujeira que consegui jogar.
Foi empolgante poder queimar-te por completo,
Arrancando do fundo da terra tudo que era possível arrancar.
Mas meu maior orgulho foi poder fazer com que tu sumisse.
Consegui através de toda a minha prepotência, te esgotar
E sem saber o quão ruim seria, te secar até a última gota d`água.
Estou agora, num lugar sem sentido.
Pois sou um nada sem ti, e desse "nada", nada resta.
Aqui sou o presente sem tempo, sem luz, sem vento, sem amor.
Tudo se foi, e nada voltará.
Resolvi então pedir perdão e tentar conseguir voltar atrás.
Talvez não dê, mas se desse, iria fazer tudo diferente.
Em vês de construir prédios, plantaria árvores.
Ao invés de queimar uma mata, queimaria minha ganância.
No lugar de derramar um copo d'água, aguaria uma planta.
Talvez assim fosse. Ou talvez não.
Nunca sei quem sou, nem porque sou assim.
E na realidade, acredito que só peço ajuda no desespero.
E quando tudo estivesse bem, talvez eu até esquecesse disso tudo
E todo o mal eu voltaria a fazer...
Porém, mesmo já sendo tarde,
Peço perdão mundo, pois pequei...
Diêgo de Oliveira
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
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Tá se garantindo muito, que bom que fica tudo registrado, tuas palavras não podem ser perdidas.
ResponderExcluirAdorei.
Beijos.