sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A tristeza de um amor.

Hoje não há "Blues" que me aguente,
Não haverá bar sem Brega com aguardente.
Quero poder afogar-me no leito triste de um chão
Quero poder disolver o fio triste e branco em um grão.

Foi a música que me transpassou,
Foi a letra que me iludio.
Foi o mar de sonhos que me afogou.
Foi tudo isso ao som da vóz do Dio.

Vou a algum lugar escuro e húmido pra chorar!
Vou até a ponte a pé, para jogar minhas lágrimas no mar.
Fugir talvez, porque agora não há nem um banco sujo para eu sentar.
Será que se eu morrer agora alguém irá me achar?

Ái, triste tristeza que me entristesse...
Quanto tempo eu pensei em me livrar de ti.
Quando penso que lembrei deixarte só, e sem ti, partir.
Levou minutos até conseguir enxergar que ainda não ti perdi.

Vou-me então, querer saber onde errei.
Irei assim, saber o quão tolo fui quando tentei.
Sofrer mais e mais, sem fim. O nada é o que terei...
E no fim, saber que ainda não foi suficiente o quanto chorei.

Diêgo de Oliveira

Um comentário:

  1. é bom passar a nossa tristeza para um poema, fica tudo como se fosse o eu lírico..
    gosto dos teus versos.
    demais.

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