sexta-feira, 23 de abril de 2010

Simbora

Essa terra de chão rachado,
O mormaço é quente.
A fome faz o chão arder.

Bem dançado seja o gingado de Maculêle.
O seu pisado forte, seu batuque, seu axé.
Porque o tempo esquece Obaluaê.

Das raízes mestre Juca aparece.

Seu balaio. Sou lacaio do seu calor.
O povo chora, reclama, nem sente.
"Simbora" negrada, "arredar" o pé do terror.

Antes que seja tarde demais.

Antes que escureça. É capaz.
Vamos "simbora" agora
Ou nunca mais.

Diêgo de Oliveira.

Um comentário:

  1. esse palavreado extremamente cearense, me deixa orgulhosa dessa nossa terra! =) Lindo.

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